Inmet emite alerta vermelho de onda de calor extremo e baixa umidade no Brasil

Inmet emite alerta vermelho de onda de calor extremo e baixa umidade no Brasil

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta vermelho nesta terça-feira (10/9) devido à persistência da onda de calor no Brasil, com previsão de “grande perigo” e “risco à saúde”. O alerta está em vigor até as 23h59 de sexta-feira (13/9) e abrange os Estados das regiões Norte, Centro-Oeste, Sudeste e Sul.

Detalhes do Alerta

A onda de calor é caracterizada por temperaturas superiores em 5ºC à média durante cinco dias consecutivos. Os Estados mais impactados pelo forte calor incluem São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia, com parte de Goiás, Minas Gerais, Paraná e Amazonas também em alerta máximo.

Alerta Adicional

O Inmet também emitiu um novo alerta, para esta semana, com nível máximo de “grande perigo” para a baixa umidade. Este aviso destaca o risco elevado de incêndios florestais e impactos à saúde, com índices de umidade relativa do ar abaixo dos 12%. Os Estados abrangidos por este alerta são Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Rondônia, Minas Gerais, São Paulo e Paraná.

Recomendação

A população das áreas afetadas deve adotar medidas preventivas para minimizar os riscos associados ao calor extremo e à baixa umidade, como manter-se hidratado, evitar exposição prolongada ao sol e seguir as orientações das autoridades locais.

Nos próximos dias, tempo deve continuar seco e com baixa qualidade do ar em quase todo o país.

Impacto

O governo federal e a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP) estão atuando em conjunto para minimizar os prejuízos causados pelas queimadas que atingiram o estado de São Paulo. A tragédia impactou fortemente o setor agropecuário, afetando mais de 8 mil propriedades rurais em 317 municípios, com prejuízos estimados em R$ 1 bilhão. Entre as culturas mais afetadas estão a cana-de-açúcar, o café, as seringueiras, as pastagens e os laranjais.

A FAESP solicitou ao governador Tarcísio de Freitas um plano emergencial que inclua a ampliação do estado de emergência, atualmente restrito a 45 municípios, para cobrir toda a área afetada. Além disso, pede a suspensão de sanções aplicadas por órgãos fiscalizadores aos produtores rurais atingidos e a criação de um espaço de diálogo entre o governo e o setor agropecuário para o desenvolvimento de soluções conjuntas.

Em resposta, o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Guilherme Campos, revelou que o governo estuda maneiras de agilizar o acesso ao crédito do programa RenovAgro, voltado à recuperação de áreas degradadas. Com um orçamento de R$ 2 bilhões, essa linha de crédito poderia auxiliar os produtores a replantarem suas lavouras e retomarem suas atividades.

O impacto das queimadas também resultou na revisão das previsões para a safra de cana-de-açúcar. A Datagro, uma das principais consultorias do setor, ajustou a estimativa de moagem de cana para 593 milhões de toneladas, uma queda em relação aos 602 milhões previstos inicialmente. A produção de açúcar e etanol também foi afetada, com reduções significativas nas projeções para 2024/25.

Tirso Meirelles, presidente da FAESP, ressaltou a urgência de medidas de apoio para evitar que milhares de famílias rurais fiquem desamparadas, além de minimizar os impactos econômicos e garantir a segurança alimentar. A FAESP continua empenhada em colaborar com o governo para desenvolver estratégias que garantam a recuperação das áreas afetadas e fortaleçam o setor agropecuário paulista diante dos desafios climáticos.

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