Outubro é o mês de conscientização e sensibilização internacional sobre perdas gestacionais, neonatais e infantis

Outubro é o mês de conscientização e sensibilização internacional sobre perdas gestacionais, neonatais e infantis

Você já ouviu falar da campanha OUTUBRO AZUL E ROSA? É uma campanha reconhecida internacionalmente como outubro sendo o mês de conscientização e sensibilização sobre perdas gestacionais, neonatais e infantis. O dia 15 de outubro é o Dia Internacional da Conscientização da Perda Gestacional ou do Recém-nascido.

O objetivo é alertar para a necessidade de acolher mães e pais que estão de luto pelo falecimento de um filho durante a gestação, durante o parto ou nos primeiros meses de vida.

O luto não é um processo linear e não tem um tempo definido para acabar ou ser superado. É importante lembrar que a sociedade não é educada para lidar com a morte ou o luto, e é comum que as famílias enlutadas apresentem sentimentos adversos. Por isso, ter alguém por perto que possa praticar o acolhimento é de uma importância singular.

A perda gestacional ou neonatal é um luto complexo e pouco validado socialmente. É importante acolher o luto como uma reação normal e esperada, pois a perda de um filho, mesmo que por pouco tempo, é uma ruptura de vínculos e sonhos.

O luto é um sentimento que dói. Por isso, a sensibilidade com mães e pais que passam ou passaram por esse momento é fundamental.

Durante muito tempo estive como  membro do Comitê de Vigilância do Óbito Materno, Fetal e Infantil de Osasco, e posso dizer que a estimativa mundial atual, é que 1 em cada 4 mulheres saudáveis, poderá sofrer uma perda gestacional ou neonatal ao longo da vida. Por isso, além do acolhimento referente o luto, também é preciso nos conscientizarmos sobre a importância das políticas públicas que envolvem os cuidados de saúde para as gestantes, como pré-natal adequado, maternidades com segurança sanitária, equipamentos em perfeito estado e profissionais capacitados, habilitados e em quantidade que supram a necessidade da demanda atendida.

Durante muito tempo estive como membro profissional do Comitê de Vigilância do Óbito Materno, Fetal e Infantil de Osasco, e posso dizer que a estimativa atual é que 25% das mulheres brasileiras já sofreram com a perda gestacional e neonatal, sendo a baixa qualidade dos serviços de saúde uma das causas. Além disso, 1 em cada 4 mulheres sofre violência obstétrica no Brasil, sendo uma das principais causas do óbito materno. Por isso, além do acolhimento referente o luto, também é preciso nos conscientizarmos sobre a importância das políticas públicas que envolvem os cuidados de saúde para as gestantes, como pré-natal adequado, maternidades com segurança sanitária, equipamentos em perfeito estado e profissionais capacitados, habilitados e em quantidade que supram a necessidade da demanda atendida.