Pôr do Sol alaranjado: beleza e poluição extrema
Em meio a uma sequência de dias muito quentes, secos e sem quase nenhuma nuvem no céu, as cores do pôr do sol têm se destacado em diversas capitais pelo país. Apesar de ser ótimo cenário para fotos, o fenômeno está diretamente associado com a poluição extrema.
Além disso, o bloqueio atmosférico que tem provocado a onda de calor duradoura que atua sobre o país também contribui para essa condição.
Isso porque, segundo a Climatempo, com a estabilidade da massa de ar seco, a poluição fica presa nas camadas mais baixas da atmosfera. As partículas em suspensão contribuem para a alta concentração de poluentes, alteram a coloração do céu e espalham a luz do espectro alaranjado.
“A cor alaranjada e avermelhada está relacionada com a interação da luz com os poluentes que ficam concentrados na camada baixa da atmosfera, mais próxima da superfície”, explicou Josélia Pegorim, meteorologista da Climatempo.
Além de alterar as cores do pôr do sol, a alta concentração de poluentes pode modificar também a cor da Lua. A mudança é reflexo da poluição e dos incêndios, que se multiplicam com o tempo mais seco
Assim, quanto mais poluído o ar, mais vermelho é o tom da Lua. E quanto mais ao horizonte a Lua se encontrar, mais vermelha vai parecer, por conta do reflexo da luz nas partículas de poluição.
Mas o excesso de poluição também pode prejudicar a visibilidade, tanto do Sol quanto da Lua. A camada espessa de poluentes rouba o brilho e a intensidade do nascer do Sol.
É o que aconteceu nas cidades que amanheceram encobertas pela fumaça das queimadas nas últimas semanas, por exemplo.
Ainda que proporcionem belas cores no pôr do sol, o tempo seco e a poluição podem causar diversos problemas respiratórios.
Em dias com níveis preocupantes de baixa umidade do ar por causa da onda de calor, são recomendados os seguintes cuidados:
- Beber bastante líquido;
- Evitar desgaste físico nas horas mais secas;
- Evitar exposição ao sol nas horas mais quentes do dia.