OSASCO: Médicos do Hospital Antônio Giglio em Osasco não aceitam acordo do prefeito Rogério Lins e entrarão em greve nesta segunda-feira 04/02 às 7h da manhã

Depois que a carta do Cirurgião Chefe do Hospital Antônio Giglio circulou pelas redes sociais, onde ele relata todos os problemas encontrados na administração do Hospital, o SIMESP (Sindicato dos Médicos do Estado de São Paulo), não teve outra escolha a não ser convocar para reunião os médicos da unidade. Na reunião na última quinta-feira 31/01, os médicos presentes decidiram pela paralisação já nesta segunda e com tempo indeterminado.

OSASCO: Médicos do Hospital Antônio Giglio em Osasco não aceitam acordo do prefeito Rogério Lins e entrarão em greve nesta segunda-feira 04/02 às 7h da manhã

Veja a carta na íntegra:

Veja o vídeo do presidente do SIMESP, Dr. Eder Gatti, falando das condições que se encontram os médicos do Hospital Antonio Giglio.

ENTENDAM OS MOTIVOS QUE LEVOU OS MÉDICOS DO HOSPITAL ANTONIO GIGLIO À PARALISAÇÃO

Médicos do Hospital Municipal Antônio Giglio (HMAG) estão com o salário de dezembro atrasado até hoje. Além disso, os profissionais atuam sem qualquer vínculo empregatício, apenas com contrato verbal.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), Eder Gatti, caso não haja a regularização dos pagamentos e efetivação dos contratos, existe a possibilidade de paralisação. "Como o hospital não tem nenhum controle por não ter contrato de trabalho, pode haver desassistência."

Gatti já havia alertado que o modelo adotado pela gestão Lins é irresponsável, pois coloca os médicos em condições precárias de trabalho, privados de direitos trabalhistas e sujeitos a calotes.

"Como consequência disso, médicos acabam deixando seus postos de trabalho por não suportarem a situação e quem mais sofre é o paciente, que depende do atendimento de uma rede de saúde desestruturada", explica.

Os médicos do HMAG foram "quarteirizados", já que prestam serviços para uma empresa contratada da organização social (OS) Instituto Social Saúde Resgate à Vida (ISSRV), que administra o hospital. De acordo com Gatti, essa situação está cada vez mais comum na saúde de Osasco. "O descaso do prefeito Rogério Lins não é mais novidade, a prefeitura terceirizou grande parte da mão de obra médica e, como resultado, agora temos o sucateamento da saúde do município", afirma. - Sindicato dos Médicos de São Paulo.

Rogério Lins

Sabendo da paralisação, o prefeito de Osasco, Rogério Lins (PODEMOS), chamou para uma conversa na sexta-feira 01/02, o presidente do SIMESP, o Dr. Eder Gatti e representantes da OS - Instituto Social Saúde e Resgate à Vida (ISSRV), que administra o Hospital e mais 3 UPAs da cidade. Ficou acertado um compromisso de que a OS faria o pagamento no dia 15/02 e regularizaria a situação contratual dos médicos na cidade, pois nem contratos eles tem de trabalho para atuarem na função, diante da proposta, o presidente do SIMESP, ficou de consultar os médicos para saber se eles aceitariam.

PARALISAÇÃO

Neste domingo 03, a definição dos médicos foi pela paralisação amanhã 04/02, a partir das 7h da manhã e por tempo indeterminado. Informou o Presidente do SIMESP

Ainda corre o risco de a população ficar sem médicos também nas 3 UPAs que a OS administra, pois segundo informações vindas de um vereador da cidade que vive denunciando os problemas causados por esta OS no município, ele relata em seus vídeos que os médicos destas UPAs também estão sem receber e a situação pode piorar ainda mais, além dos médicos, o vereador relata que outros profissionais também estariam sem seus pagamentos em dia, inclusive os vales que utilizam no dia a dia, se realmente esta OS que recebe milhões por mês da prefeitura, estiver devendo, ao não fazer os repasses, a cidade estará diante de um caos generalizado na Saúde.