Saidinha de fim de ano: mais de 300 detentos são presos pela polícia em São Paulo
Indivíduos violaram as normas impostas pela Justiça e foram reconduzidos às penitenciárias.
A Polícia Militar já efetuou a prisão de 304 detentos que foram beneficiados recentemente com a saída temporária de fim de ano, mas que foram flagrados descumprindo as medidas impostas pelo Poder Judiciário. Após a constatação da irregularidade, os presos foram reconduzidos imediatamente à penitenciária.
A recondução dos detentos realizada pela Polícia Militar é fruto de uma portaria publicada pela Secretaria da Segurança Pública (SSP), com o aceite da Secretaria de Administração Penitenciária, determinando que detentos em descumprimento de regras do benefício fossem presos e recebidos na penitenciária mais próxima.
Além disso, o acordo de cooperação entre a SSP e o Tribunal de Justiça de São Paulo permitiu que os policiais passassem a ter acesso aos processos dos réus que cumprem a pena fora das prisões nos dispositivos móveis das viaturas em tempo real. Dessa forma, é possível verificar durante a abordagem se as regras da saída temporária estão sendo cumpridas, como, por exemplo, se o condenado está fora de casa em horário não permitido.
“Vamos continuar combatendo diretamente a reincidência criminal, retirando das ruas condenados que, por ventura, possam usar o benefício concedido pela Justiça para cometer novamente algum tipo de crime”, afirmou o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite.
"Um indivíduo com uma ficha extensa e que tenta invadir uma casa não deveria estar nas ruas, portanto, levado direto à penitenciária. Enquanto esse benefício absurdo existir, continuaremos tomando providências para que quem não o utiliza corretamente volte para atrás das grades," foi postado por Derrite em suas redes sociais.
Em São Paulo, 33 mil presos deixaram 182 cadeias do estado para o chamado “saidão de Natal”, na sexta-feira (22/12). No caso de um preso durante saída temporária abordado fora de casa em horário proibido, por exemplo, ele é levado diretamente à penitenciária e, com isso, perde o direito ao benefício.
Por Marcelo Neves
Fonte: SSP-SP
Foto: Arquivo Guilherme Derrite