Saúde mental dos jovens: precisamos falar sobre isso
A pré-adolescência, adolescência e juventude (período estimado entre 10 a 12; 12 a 15; 15 a 24 anos de idade segundo a ONU) é um momento único, que molda as pessoas para a vida adulta. Enquanto alguns tem uma boa saúde mental, outros passam por conflitos que não podem ser ignorados, tais como múltiplas mudanças físicas, emocionais e sociais; autoestima; exposição à pobreza; abuso ou violência; uso de drogas; discriminação; escolha da profissão; inserção no mercado de trabalho e pouca ou menhuma valorização dos seus sentimentos e angústias podem deixar a maioria vulneráveis a condições de saúde mental. Promover o bem-estar emocional e protegê-los de experiências adversas e fatores de risco que possam afetar seu potencial de prosperar não são apenas fundamentais para seu bem-estar, mas também para sua saúde física e mental na vida adulta.
Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde, uma em cada seis pessoas que tem entre 10 e 19 anos, sofre com problemas emocionais e psicológicos. As condições de saúde mental são responsáveis por 16% da carga global de doenças e lesões em pessoas nesta fase da vida. Metade de todas as condições de saúde mental começam aos 14 anos de idade, mas a maioria dos casos não é detectada nem tratada. Em todo o mundo, a depressão e a ansiedade são as principais causas de doença e incapacidade entre as pessoas nesta fase da vida. O suicídio esta entre as principais causas de morte entre jovens, perdendo apenas para a violência. As consequências de não abordar as condições de saúde mental deste público se estendem à idade adulta, prejudicando a saúde física e mental e limitando futuras oportunidades.
A promoção da saúde mental e a prevenção de transtornos são fundamentais para ajudar nossos jovens a prosperar. Falta de políticas públicas voltadas à este público os torna vulneráveis a todo e qualquer conflito, frustração, angústia e doença mental advinda da baixa responsabilidade social sobre o tema.
Em 2020, o isolamento social tem se mostrado um dos meios de impedir a propagação do novo coronavírus. Porém, ficar em casa impôs uma nova forma de viver e se relacionar, e o prolongamento e a incerteza do fim do isolamento podem gerar ansiedade, angústia, tristeza e estresse. Tais danos psicológicos devem ser monitorados e controlados, sobretudo em crianças, adolescentes e jovens que tiveram de se afastar compulsoriamente de sua rede socioafetiva: amigos, colegas de escola, pessoa amada e familiares.
Mas como os pais podem identificar os sinais que indicam instabilidade emocional ou o surgimento de transtornos mentais?
Em primeiro lugar ter um bom relacionamento com os filhos já ajuda e muito, depois demonstre compreender seus sentimentos, ofereça ajuda para solucionar seus problemas, ficar falando de como você foi quando tinha a idade dele (a) só vai deixar a situação pior e levá-lo a ter uma sensação de impotência perante seus medos, anseios etc. Perceba se está tendo compulsão alimentar, ou falta de apetite, se está chorando, tendo crises nervosas ou por outro lado totalmente apático sem vontade de fazer qualquer coisa. Enfim, seja o porto seguro que seu/sua filho/filha precisa neste momento.
Filho não vem com manual de instruções, eu sei. Mas podemos ser bons pais e mães, com certeza. Se precisar de ajuda ou uma orientação mais detalhada me procure!